tag:blogger.com,1999:blog-8126704833453151136.post4493603597274426481..comments2023-09-30T19:33:58.988+02:00Comments on O blogue do Carlos Callón: 'Monolingüismo', por Xoán CostaUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-8126704833453151136.post-36401555101131751182010-12-01T13:13:36.039+01:002010-12-01T13:13:36.039+01:00Permito-me incomodar de novo (ver outros posts não...Permito-me incomodar de novo (ver outros posts não respondidos) com uma de cal e outra de areia.<br /><br />A DE CAL: Eu penso que estaria bem que o ativismo linguístico galego compreendesse de vez que na Galiza não há "diglossia", e muito menos no "sentido clássico". Em nenhuma situação diglóssica, que eu saiba, praticamente toda a literatura do país está na língua B, desenvolve-se a maior parte da atividade parlamentar na língua B, ou publica-se o Diário Oficial na língua B. Por exemplo.<br /><br />A situação galega chama-se conflito linguístico e dominação linguística, expressão suficientemente descritiva. E, em termos gerais, os sociolinguistas julgam que não é pecado chamar isto "bilinguismo social", que engloba muitas situações diferentes.<br /><br />De maneira que chamá-lo, inadequadamente, "diglossia", não ajuda a compreender a situação dos usos das línguas em conflito. (continua)<br /><br />Celso Alvarez CáccamoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8126704833453151136.post-58648786490356076502010-12-01T13:11:20.786+01:002010-12-01T13:11:20.786+01:00Permito-me incomodar de novo (ver outros posts não...Permito-me incomodar de novo (ver outros posts não respondidos por Callón) com uma de cal e outra de areia.<br /><br />A DE CAL: Eu penso que estaria bem que o ativismo linguístico galego compreendesse de vez que na Galiza não há "diglossia", e muito menos no "sentido clássico". Em nenhuma situação diglóssica, que eu saiba, praticamente toda a literatura do país está na língua B, desenvolve-se a maior parte da atividade parlamentar na língua B, ou publica-se o Diário Oficial na língua B. Por exemplo.<br /><br />A situação galega chama-se conflito linguístico e dominação linguística, expressão suficientemente descritiva. E, em termos gerais, os sociolinguistas julgam que não é pecado chamar isto "bilinguismo social", que engloba muitas situações diferentes.<br /><br />De maneira que chamá-lo, inadequadamente, "diglossia", não ajuda a compreender a situação dos usos das línguas em conflito.<br /><br />A DE AREIA: Ora bem: Reconhecer corretamente que na Galiza há "bilinguismo social" não implica, do ponto de vista do ativismo, promovê-lo, como o informe do IGEA. Propugnar "bilinguismo restitutivo" implica propugnar também o espanhol e validar o seu papel social. O que se deve restituir é o galego, não o bilinguismo, que resultará (ou não) das práticas individuais. Portanto, "bilinguismo restitutivo" e uma hipotética proposta de "galeguização restitutiva" significam cousas bem diferentes. O objetivo do galeguismo não é preocupar-se com o que acontecerá ao espanhol, mas com a consolidação dos usos do galego e a criação de novos espaços (e necessidades) de uso para novos falantes.<br /><br />E é impossível "restituir" ou criar usos sem nacionalizar o problema e a língua. E nacionalizá-los significa inscrevê-los dentro do imaginário da nação como rede ampla de relações sociais onde a língua veicula identidades e tem utilidades verdadeiras, além da publicação de livros subsidiados ;-) . Até agora, os milhares ou dezenas de milhares de "neofalantes" nunca precisaram (precisámos), para passar a falar galego, a garantia por escrito de que o perverso galeguismo não nos ia extirpar o castelhano do cérebro com a fouce de DENANTES MORTOS QVE ESCRAVOS. O facto de que, com um projeto galeguizador, o espanhol continuará nas mentes e nos usos na Galiza é dum sentido comum tão meridiano que destacá-lo num informe convida a ler esse informe sobre o "bilinguismo" como uma admitida derrota, ou, pior ainda, como uma jubilosa conivência com o projeto Feijoo/Lorenzo.<br /><br />O modelo de "galego + outras línguas" já está escrito. Chama-se Modelo Burela, por exemplo, desenvolvido polo Bernardo Penabade.<br /><br />Obrigadinho polo espaço,<br />-celso<br /><br />Celso Alvarez CáccamoAnonymousnoreply@blogger.com